sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Lançamento do livro "A Cidade dos Meus Sonhos"











O professor e acadêmico João Teófilo Pierre lançou , no auditório de Instituto Cultural do Cariri, para seleta plateia, o seu 22º livro : "A Cidade dos Meus Sonhos", no dia 06 de Fevereiro de 2020. O conclave contou com a presença de amigos, admiradores, familiares e membros do ICC. A apresentação singular ficou por conta do Prof. Armando Lopes Rafael ( leia abaixo) . Durante o evento aconteceu ainda a outorga da Medalha Amélia Benebien Perouse, pela Câmara Municipal de Crato, sob iniciativa do vereador Maurício Almeida Filho,  ao Dr. Francisco Marcelo Pierre Monteiro de Brito, sobrinho do autor. O livro é uma declaração de amor ao Crato. 


  
Fotos : Allan Bastos 

Apresentação do livro : "A Cidade dos meus Sonhos"

Armando Lopes Rafael
 

  Meses atrás, João Teófilo Pierre enviou-me um e-mail, pedindo que eu escrevesse o prefácio deste seu livro “Cidade dos meus Sonhos”. Honrado pela escolha, fi-lo com alegria. Naquele prefácio – que vocês poderão ler a partir da página 17 – escrevi apenas o ritual costumeiramente exigido para um prefácio: as explicações resumidas sobre conteúdo do livro, seus objetivos, além de comentários sobre a produção literária do autor.
    Agora, convocado a fazer – para esta seleta plateia – a apresentação da mesma obra, creio que devo acrescentar breves considerações adicionais sobre o Prof. João Pierre. Admiro nele, a missão que se auto impôs:  elevar e divulgar o Crato, quando as oportunidades surgem. E isso não vem de agora. Há 50 anos, e para citar um único trabalho dele, quando foi Secretário Municipal de Cultura, João Pierre – remontando visões de passado e antevendo o futuro – tornou realidade o Museu de Artes Vicente Leite, instituição que – até dez anos atrás – era o orgulho desta Cidade de Frei Carlos.  Portanto, o Prof, João Pierre aqui se apresenta portando de experiências de vida e com serviços prestados a esta comunidade.
       Relembro que João Teófilo Pierre é um homem viajado. O conhecimento de novas sociedades, com suas visões de vida proporcionaram-lhe vislumbrar novos horizontes. Ainda jovem foi enviado para estudar em Roma, a Cidade Eterna. Lá ele viveu alguns anos. Não conheço ninguém que tendo conhecido Roma não fique apaixonado, pelo resto da vida, por aquela cidade. 
          No entanto, foi outra a cidade que arrebatou o coração de João Pierre.  Sua paixão intensa (que perdura da juventude aos dias atuais), é um pequeno centro urbano, localizado no interior do Ceará. Sim, este mesmo que os nossos primeiros professores nos ensinaram a exaltar como “A flor da terra do sol; o berço esplêndido dos guerreiros da "Tribo Cariri". Pois é esta mesma comunidade denominada de “Cratinho de Açúcar”, pelas pessoas simples das periferias e do supedâneo da Chapada do Araripe.  (Outro dia me adverti de que, nos meus tempos de criança, essa gente simples e boa era conhecida pela carinhosa expressão de “povinho”. Hoje, pela força da mídia, pouco confiável, diga-se de passagem, aquela expressão foi transmudada para a grosseira palavra de “povão”).
    João Pierre nos ensinou – já há algum tempo – várias lições de vida. Uma delas, a de que somos criadores da nossa própria história. Atraímos muita coisa para nossa própria vida. Se você encontra algo maravilhoso, nos caminhos percorridos e se acha que à sua volta há muita coisa boa, será isso que você colherá.
      Permitam-me ler um trechinho, bem pequeno, do livro: “Histórias para aquecer o coração”, de Jack Canfield, onde ele transcreve uma historinha contada por Willy McNamara”

“Um viajante, ao se aproximar de uma cidade grande, perguntou a uma mulher sentada à beira da estrada:
 Como são as pessoas nessa cidade?
(A mulher perguntou):
 Como são as pessoas no lugar de onde você vem?
 Uma gente horrível  respondeu o viajante. Pessoas egoístas, em quem não se pode confiar, detestáveis sob todos os aspectos.
Ah  disse a mulher –, você vai achar o mesmo tipo de gente por aqui.
O homem mal tinha se afastado quando outro viajante parou e fez à mulher a mesma pergunta, curioso sobre os habitantes da cidade.
Mais uma vez, a mulher quis saber como eram os habitantes da cidade de onde vinha o homem.
– Pessoas boas, honestas, trabalhadoras e compreensivas com os outros e com elas mesmas – respondeu o segundo viajante.
A sábia mulher retrucou:
– Pois é esse mesmo tipo de gente que você vai encontrar por aqui”.

(Até aqui palavras de Willy McNamara).

     Mas voltemos aos sentimentos nobres do Prof. João. Admira-nos como ele mantém um amor fiel a Crato. Talvez por ser a terra dos “primeiros alumbramentos”, utilizando essa palavra usada por Manuel Bandeira, para exaltar a cidade de Recife, cortada pelos rios, sob um céu líquido de azul.
   É tocante o amor que João Pierre tem pelo Crato. A palavra amor é velha; o sentimento, mais velho ainda. E embora desgastada pelo uso, e pela mentalidade coletiva dos tempos atuais, o amor é, no entanto, a palavra mais adequada para definirmos o sentimento que habita no coração de João Pierre, por tudo que se refere a Crato.
   A exaltação que João Teófilo Pierre faz a nossa cidade é a temática recorrente de sua já vasta produção literária. Um amor também presente nos pronunciamentos que ele fez e continua fazendo, bem como nas suas ações mais corriqueiras. Ainda hoje mantém sua casa na Rua Carolino Sucupira, onde ele sente a alegria de abrir, observar, em seguida fechar novamente, sempre que vem aqui.
    Um ritual como a marcar sua conduta de cidadão e do homem público que foi, quando exerceu os cargos de secretário municipal e vice-prefeito de Crato, nos anos da década 70. Corroborando ser verdade aquela frase da Bíblia – constante do Evangelho de Mateus – de que “A boca fala do que está cheio o coração. 
   Esses bons e nobres sentimentos, tornaram-se uma característica marcante da personalidade de João Teófilo Pierre. E ele sabe repassar, com simplicidade e profundidade, tudo o que lhe vai no coração.  
    Ainda bem que João teve consciência e sensibilidade de saber que as boas palavras e os bons sentimentos não devem ser trancados dentro de si. Antes, devem ser regados para florir. E, depois de floridos, devem ser socializados com a comunidade, visando unicamente o bem desta. Sem buscar reconhecimento em troca; sem alimentar vaidades efêmeras, nem se preocupar em ouvir louvaminhas, as quais nem sempre sinceras. João Teófilo Pierre ministra essa liturgia da cidadania, e isso lhe faz feliz.
     Continue assim, professor! Seu sermão silencioso tem observadores e, quiçá, terão seguidores neste seu sentimento afetivo e cívico por sua cidade. E para encerrar, faço minhas as palavras de Júlio Aukav, que caem como uma luva no agir do Prof. João Pierre:


“Seja idealista nos seus sonhos, continue buscando o que realmente lhe faz feliz. Tenha paz em sentimentos na plenitude que honre a razão. Seja luz numa estrada escura. Seja sol num dia sereno. Seja infinito no amanhecer de um dia especial. Tenha certeza de que são as paixões que movem o mundo e não os interesses materiais. Pois somente o amor ilumina um coração puro e idealista”.
        Honra ao mérito! Honra ao nobre professor João Teófilo Pierre.

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