Elói Teles de Morais nasceu em Crato em 19 de Abril de 1936, filho do casal Pedro Teles de Morais e Ana Teles de Morais. Elói iniciou seus estudos no Grupo Escolar Municipal, transferindo-se, depois, para a Escola 1º de Maio e fez o 2º Grau na Escola Técnica de Comércio de Crato e no Centro de Estudos Supletivos. Formou-se em Ciências Jurídicas Sociais pela Faculdade de Direito do Crato, hoje pertencente à Universidade Regional do Cariri. Foi funcionário público federal do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal do Ministério da Saúde
Revelou-se, depois, como grande comunicador, começando sua carreira radiofônica na antiga empresa de propaganda “Cariri Empresa de Alto-Falante”, transferindo-se para a Rádio Araripe, como gerente e em 1985 para a Rádio Educadora do Cariri, porta-voz da diocese do Crato. Produziu e apresentou, com grande audiência, vários programas radiofônicos, como podemos destacar: Coisas do Meu Sertão, Voz do Povo, Meu Sertão, Festa da Casa Grande, Baú das Velhas Recordações, Gurilândia e Gente da Gente. Mas sua maior paixão era o Folclore, incentivado pelo escritor J. de Figueiredo Filho, presidente do Instituto Cultural do Cariri. Elói tornou-se presidente do Clube dos Amigos do Folclore, criado pelo ICC. E, como poeta, fundou a Academia dos Cordelistas do Crato, do qual foi seu primeiro presidente e patrono da Fundação Cultural, em sua homenagem. Incentivou todos os grupos folclóricos e editou dezenas de cordéis sobre os mais palpitantes temas históricos do Crato.
Elói pertenceu à diretoria de diversos órgãos como: União dos Estudantes do Crato, Juizado de Menores, Crônica Carnavalesca, Conselho Municipal de Assistência aos Desportos Amadores, Liga Cratense de Desportos, Liga Cratense de Desportos Amadores, Palmeiras Esporte Clube. Integrou o Grupo Teatral de Amadores Cratenses- Grutac, filiando-se também ao Sindicato dos Radialistas do Ceará e à Associação dos Profissionais da Crônica Desportiva do Estado do Ceará - APCDEC. Foi membro da Comissão da Quadra Bi-Centenário, do Estádio Municipal Governador Virgílio Távora - Mirandão. Foi, ainda, do Tiro de Guerra de Crato da Turma de 1955.
Elói exerceu, também, a função de Secretário Municipal de Cultura e tomou posse na Cadeira Nº 1, Seção Folclore, do Instituto Cultural do Cariri que tem como patrono Leonardo Mota. Dirigiu, ainda, a Fundação J. de Figueiredo Filho e comandou, durante 30 anos, da Exposição do Crato. Encabeçou ainda as Festas de Malhação do Judas e dirigiu também a Banda de Música Municipal, Museus Históricos e a Biblioteca Municipal. Após seu desaparecimento, Elói Teles passou a ser patrono de uma Cadeira no ICC que tem como ocupante atual a cordelista Anilda Figueiredo, atual presidente da Academia de Cordelistas do Crato.
Em sua memória foram criados: Espaço Cultural do Museu Histórico do Crato ( Fundação J. de Figueiredo Filho), Fundação do Folclore Mestre Elói ( Grupos Folclóricos de Crato), Medalha Elói Teles ( Câmara Municipal de Crato), Cadeira Elói Teles ( Academia de Cordelistas de Crato) e uma Creche leva seu nome no Conjunto Novo Horizonte na Vila Lobo.
Chefe de família exemplar, esposo dedicado, pai amoroso, Elói casou-se com a professora Elionai Grangeiro Teles, com quem teve quatro filhos: Sulamita, Catullo, Cassandra e Aristóteles. Elói faleceu aos 64 anos, no dia 9 de Outubro de 2000, exatamente há vinte anos, por problemas cardíacos, no Hospital São Francisco de Assis , causando grande consternação nos meios radiofônicos, culturais, folclóricos e artísticos do Cariri. Seu sepultamento foi uma verdadeira consagração popular.
Num dos seu últimos poemas em homenagem a sua cidade natal, como que se despedindo , assim se expressou Elói Teles:
“ Adeus Cratinho de Açúcar,
Cratinho que eu tanto amei,
Minha terra muito amada,
De ti nunca esquecerei.
Lá por onde eu for, eu juro:
Lembranças de ti terei.”
Huberto Cabral
09 de Outubro de 2020
Rememorando os 20 Anos da partida de Elói Teles
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